Kragh, X - Ideology and myths in the history of science


  • Quando evidências documentais são distorcidas, ignoradas ou alocadas de maneira desproporcional para servir a determinado propósito a história se torna ideológica. A ideologia raramente é admitida pelo ideologista ou pelo grupo ao qual serve. Ideologias não são conservadoras ou progressistas, podem ser direcionadas para glorificar o status quo ou a mudança.
  • Ideologias externas são direcionadas ao público leigo e políticos, geralmente ligadas a política científica e histórias da ciência nacionalistas ou religiosas.
  • Ideologias internas são usadas de maneira mais sutil, geralmente ligadas com a legitimação de uma corrente. Mitificação, por cientistas e para cientistas, da ciência ou de um cientista é uma prática interna, formação de um mito fundador. Kuhn acredita que essas histórias disciplinares são parte do paradigma, forma uma "história de trabalho" retrospectiva, prática e com vistas para o futuro que instrui os cientistas que a praticam ou que querem se juntar a ela.
  • A história de trabalho tem uma função sociológica e é mítica e quase-histórica, pois a veracidade de seus fatos não é o ponto principal e sim instituir as regras daquela comunidade científica, parecida com a HCC nacional.
  • Cientistas ainda podem usar essa história disciplinar para glorificar suas próprias contribuições. Narrativas de cientistas não refletem suas contribuições, mas a imagem que eles tem sobre elas e sobre seu impacto na HCC. Como dito por Einstein e depois por Kragh.
    • 'If you want to find out anything from the theoretical physicists about the methods they use, I advise you to stick closely to one principle: don't listen to their words, fix your attention to their deeds.
    • [...] the historian cannot completely avoid being influenced by his post factum know- ledge. But this is even truer of those scientists who comment on earlier research with which they have been involved. By using a diachronic perspective the historian can at least minimize the dis- tortion that tends to lie in his placement in time. Furthermore, the historian will rarely, unlike the scientist, be personally involved in the history in question and is therefore better able to produce an impartial analysis.
  • A HCC tem suas tendências imperialistas. Costuma focar na ciência ocidental de países poderosas e em seu poderio econômico e científico. É estática e característica do período de ciência normal. Durante a controvérsia ocorre a competição entre outras histórias.
  • Ver Paul Forman sobre o método antropológico de HCC. Lembra a metodologia de Latour.

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