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Mostrando postagens de julho, 2021

MENDEL

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EXPERIMENTS ON PLANT HYBRIDS [VERSUCHE  ÜBER PFLANZEN-HYBRIDEN] - MENDEL, 1866. [Não colocarei as notas dos tradutores aqui, mas elas são muito interessantes] 1. Introdução Mendel buscava estudar hibridação, o desenvolvimento dos híbridos e seus descendentes. Predecessores: Kölreuter, Gärtner; Herbert; Lecoq; Wichura... Mas ninguém estabeleceu uma lei para a formação e desenvolvimento dos hibridos, pois é uma tarefa muito complicada. Os experimentos conduzidos até agora permitem determinar a quantidade de formas diferenters que os híbridos apresentam e que seria possível fazer uma separação geracional para determinar suas proporções numéricas ("it does indeed take quite some courage to undertake such a far-reaching task" 4). Oito anos de experimento. 2. Seleção das plantas Todo experimento depende de seus materiais e técnicas, assim as plantas devem: 1) possuir traços constantemente distintos; 2) Os híbridos devem ser facilmente protegidos de outros poléns; 3) Híbridos e seu

Bourdieu

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  PRÓLOGO A autonomia da ciência está regredindo frente a pressões econômicas que ameaçam extinguir os pesquisadores das ciências puras. O interesse econômico plutocrático se sobrepõe à avaliação por pares outrora frutífera. Até mesmo as ciências sociais, a primeira vista incapazes de serem comercializadas, são aliciadas como medida de legitimização. Assim, ele visa fazer com que os cientistas entendam os mecanismos sociais que os influenciam e se tornem senhores não só da natureza, mas de sua própria prática. É avesso as tendências pós-modernas de relativização e não seguirá por esse caminho. [Talvez Bourdieu esteja sendo um pouco ingênuo aqui. A meu ver, a ciência a serviços comerciais faz parte do desenvolvimento científico desde sempre (pense em Thomas Edison e em todos os inventos destinados à guerras, aqueles que faziam ciência completamente desinteressada eram autosuficientes financeiramente). De fato, Vannevar Bush marca em 1945 a responsabilidade do estado em financiar ciência

Popper - A miséria do historicismo; Reynolds (1999); Souza (2021)

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  Nota histórica. Tese central: o historicismo (a ideia de que é possível prever o destino histórico com base no crescimento do conhecimento humano) é impossível. Prefácio O presente livro critica o historicismo, mas não o refuta. A refutação é: 1: O curso da história humana é fortemente influenciada pelo crescimento do conhecimento humano. 2: Não é possível prever científica ou racionalmente a expansão do conhecimento. Minha prova consiste em evidenciar que nenhum previsor científico – seja um homem de ciência ou máquina de calcular – tem como antecipar, utilizando métodos científicos, os resultados que futuramente alcançará. Tentativas em tal sentido só dão resultado após o evento, quando já é demasiado tarde para uma previsão; só dão resultado quando a previsão do futuro se faz previsão do passado. 5 3: Logo não é possível prever a história. 4: Logo não pode haver uma teoria científica do desenvolvimento histórico que gere previsões, não pode haver história teórica da mesma form