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Mostrando postagens de novembro, 2017

Barraco & Zillig, Tort, Bizzo, Sclater, Bishop.

- Barraco & Zullig Esta é uma reportagem publicada no site da Scientific American Brasil; Aqui os autores visam tornar Fritz Müller mais conhecido do público brasileiro a partir de uma breve biografia do cientista; Müller era conhcido de Hermann Blumenau (amigo de seu avô), fundador da colônia de homônima em Santa Catarina. Já tinha vontade de imigrar para cá desde cedo devido aos relatos de Blumenau. Durante os primeiros anos aqui trabalhou como colono, construindo sua própria casa. Também pesquisou a fauna, flora, a população indígena e praticou sua formção como médico; Manteve correspondência com Darwin por 17 anos (1865-1882), porém nunca se conheceram pessoalmente; Leu a Origem em 1861 e aceitou suas hipóteses sem delongas, era ateu, portanto não possuia ressalvas ideológicas que o impedissem; Começou a estudar crustáceos de modo a produzir fatos que corroborassem Darwin, suas conclusões foram então publicadas em Für Darwin (1864); "Cabe ressaltar que o uso de

Cambridge Companion 3 - Endersby

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Cambridge Companion to Darwin (2003) Endersby resume os dois ensaios anteriores ( Sloan e Hodge ) abordando os primeiros anos de Darwin; Ele afirma que Darwin sempre esteve interessado em teorias de "geração, como falavam na época" ou reprodução atualmente. Um ponto relacionado a isso, muito discutido pelo autor e por todos que estudam Darwin, é sua ansiedade e medo com relação a seu casamento de primeiro grau com Emma; "[...] he [Darwin] argued that the government should use the census to discover once and for all ‘whether or not consanguineous marriages are injurious to man’ – and outlaw them if necessary." Endersby sintetiza a história das teorias de geração até então. Partindo de Aristóteles, passando pela discussão da espontaneidade, chegando a Linnaeus que, ao classificar as plantas superiores de acordo com suas estruturas sexuais, assumiu que a sexualidade era comum ao reino vegetal e animal. Na época de Darwin o assunto ainda era um controvérsia

Cambridge Companion 2 - Hodge

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Cambridge Companion to Darwin (2003) Após o retorno do Beagle, viagem discutida no ensaio anterior , Darwin passou os próximos anos em Londres, onde organizou suas anotações em livros, abriu vários "notebooks" e formulou todas as suas principais teorias; Darwin formulou nesses anos a teoria da origem das espécies (seleção natural), a pangênese, teoria da origem da moral a partir dos instintos e sua interpretação da expressão das emoções no homem e nos animais. Apenas duas teorias foram concebidas depois, a seleção sexual e o princípio da divergência de variedades e espécies, elaborações da seleção natural, segundo Hodge; Darwin abriu muitos cadernos para elaborar suas ideias: Notebook A - Geologia (jul. 1837); Notebook B - Zoonomia , leis da vida (jul. 1837); Notebook C - Sequência de B, ficou cheio em 1838; Notebook D - Sequência de C (jul. 1838); Notebook M - Metafísica (jul. 1838); Notebook E - Sequência de D (out. 1838); Notebook N. - Sequência de M (

Cambridge Companion 1 - Sloan

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Cambridge Company to Darwin  Sloan faz uma distinção entre "Natural History", "Natural Philosophy" e "Philosophical Naturalism". Darwin pertenceria a esse último segundo Sloan, pois para ele os PNs buscavam o entendimento geral e elaboração das Leis da Vida, enquanto os NHs eram sistematas e os NRs eram físicos; O pai de Darwin, Robert, o influencio com o Materialismo natural e seu avô, Erasmus, com seus escritos. Sua mãe era religiosa da igreja Unitarianista (rejeita a divindade de Cristo); Quando criança já colecionava diversas coisas e junto com seu irmão mais velho fazia experimentos de química; Segundo Sloan a autobiografia  passa uma visão errada de Edinburgo, ao focar só no aborrecimento e tédio. Segundo Sloan, nela Darwin foi exposto a Hutton, Grant, Lamarck, Geoffroy, além de despertar alguns interesses e afastá-lo da carreira médica; Com Cambridge foi o mesmo. Lá ele conheceu Sedgwick, Henslow, Whewell, Herschel, Aug. de Candolle, Hu

Marandino, Oldroyd, Ruse, Pearson, Herbert

- Marandino (2014) Sobre as correntes metodológicas no ensino de ciências. Boa bibliografia. - Oldroyd, Ruse e Pearson (2007) Review sobre " Charles Darwin, Geologist " de Sandra Herbert; A estrutura é interessante, são três reviews seguidos pela resposta geral da autora. Poder ver o lado do autor é esclarecedor; Oldroyd e Ruse consideram a autobiografia como "misleading" quanto aos aspectos geológicos de Darwin, Pearson, como geólogo, aclama o livro; Herbert responde a todas as críticas com bons argumentos e de maneira sensata; - Cambridge Companion to Darwin A introdução, por Hodge e Radick, é o melhor sumário de Darwin e sua história que já li. Cobre todos os pontos importantes com profundidade sem se delongar;

Van Wyhe, Flannery, Lenoir, Ruse

Van Wyhe (2009) Publicou um artigo no qual posiciona seu site quanto a Darwin Industry e conta sua sua história; Concordamos com a subestimação da bibliografia primária, especialmente com relação a autobiografia; Explica o mecanismo de busca do site, pode ser útil no futuro; Faz uma recapitulação bibliográfica parecida (talvez melhor) com a de Ruse (1996); - Flannery (2006) Define "Darwin industry" como: "In the history of the science field, there is often talk of the “Darwin industry,” referring to all the work done on various aspects of Darwin’s life, work, and times. It has a slightly derogatory connotation, as if the scale of the research has gotten out of control with people cranking out studies on perhaps less and less important aspects of Darwin’s work, because all the really good ideas have already been explored." Segue com uma lista de seus livros favoritos sobre evolução e Darwinismo. -  Lenoir (1987) Review ao Darwinian Heritage , o

Manifesto de Viena

-  Manifesto do Círculo de Viena  - Hahn, Neurath e Carnap O manifesto de Viena, 1929, posiciona-se fortemente a "metafísica", no entanto não a define claramente, para mim parece que os autores consideram tudo que não é empírico como metafísico, um tanto maniqueísta. Desejam um trabalho unificado e sem influências sócio-históricas, ou seja, reprodutível e imparcial; É extremamente positivista, empirista e reducionista. Coloca a física como a ciência mais refinada de todas. Mostram uma visão holística, porém materialista e focada na experiência racional humana; Dois erros são apontados na metafísica, falta de linguajar técnico e falta de experimentação; Completa aversão ao conhecimento a priori ; O ataque a metafísica vem na anti-metafísica com a concepção científica de mundo  e a análise lógica ; Faz uma ode a tecnicalização, que elimina a metafísica; Vitalismo, história da biologia, história das ciências sociais, e divulgação científica são mencionadas; Complemen

Watson, Silva

- Watson (1968) , Silva (2010) Após a leitura do livro de Watson e um artigo complementar de Silva cheguei a conclusão que a controvérsia entre Rosalind Franklin e Watson/Crick é um exagero baseado em conceitos relativamente irrelevantes; Franklin só não é conhecida ou reconhecida hoje como codescobridora do DNA, pois faleceu antes dos pesquisadores receberem o Nobel; Watson provê uma espécie de redenção pessoal para com Franklin no final do livro. Silva, em seu artigo, diz que Rosalind nunca esteve interessada nas consequências do DNA, mas apenas em sua estrutura.

Ogawa, Cannon, Riccardi

- Ogawa (2001) Li o artigo de Ogawa sobre o misterioso Collins citado por Darwin, ao que parece houve um erro que passou por Darwin em todas as revisões e ele, na verdade, se referia a Colling (provavelmente Charles, mas também poderia ser seu irmão Robert); Charles Colling é citado em trabalhos posteriores de Darwin algumas vezes; Segundo a autora Darwin deixou passar o erro, pois não conhecia muito bem Colling (importante criador de animais e híbridos ativo no século XVIII), outro motivo é que "Colling" é um nome incomum e facilmente confundido por "Collings" ou "Collins". - Cannon (1961) Neste artigo Cannon revela quem é o "grande filósofo" mencionado por Darwin na introdução da Origem. John Herschel era um dos cientistas mais famosos da época; O autor comenta muito a controvérsia Uniformitarianista vs. Catastrofista, Herschel era uniformitarianista e se posicionava junto a Lyell; Segue então a longa carta não publicada até entã

Peckham, Stauffer, Morris

- Introdução de Peckham ao Variorum (1959) Peckham observou que gostaria que outros variorums fossem produzidos e que queria produzir uma "Variorum Editon" com fontes para as citações de Darwin; Trata-se muito da questão da Origem ser apenas um "abstract"; Descobri que livros "Life and Letters" eram comuns, ou pelo menos que havia outro que apareceu na propaganda junto com a Origem; O autor diz algo interessante, que devemos agradecer aos amigos mais próximos de Darwin por influenciá-lo a melhorar a Origem como introdução a futuros trabalhos ao invés de publicar apenas um edição e se concentrar no "big species book"; Nunca havia pensado antes no marketing da Origem, mas Murray foi astuto. O público alfabetizado inglês aumentou muito da primeira a sexta edição, dessa forma o glossário adicionado, escrito por Dallas, funciona como um meio de aproximação com os leigos. O preço da edição diminuiu também, possivelmente pelo mesmo motivo. Ques