Carula 2009; 2016
INTRO
- Ver Lopes (1997) e Gualtieri (2000) para o darwinismo nos museus. 17
- História dos jornais cariocas e referências. 19-22
- Conferências populares noticiada em seções diversas dos jornais. 22
C I - CONFERENCIAS POPULARES DA GLORIA E DIVULGAÇÃO DA CIÊNCIA
- Ciência necessária para civilização do país 27
- Conferências fundadas por Manoel Francisco Côrrea, bacharel em direito pela faculdade de SP em 1854. Sócio do IHGB. Teve uma vida política. Conferências levavam a mais consumo de livros que levavam ao enriquecimento intelectual da população. 28
- Não seriam abordados religião e política. Via os tópicos técnicos arrolados como verdades universais. Resolução dos problemas sociais pela instrução, sem passar por política. 29
- Sete conferencias sobre darwinismo por Azevedo em 1875. 34
- Conferencias estruturadas como cursos. 35
- Bastante apoio estatal na forma de garantia de espaços públicos. 36
- Bastante repercussão nos jornais.
- Havia uma refiltragem do conteudo da preleção nos periodicos. Os jornais pesquisados apresentavam resumos das conferências, nos quais os editores narravam o que o orador havia dito, bem como a reação do público (se aplaudiu ou não) e a composição do mesmo, dando destaque, muitas vezes, a algumas figuras presentes no auditório, como, por exemplo, o Imperador e sua família. Forampoucas as conferências transcritas na íntegra, neste caso, o discurso era publicado sem nenhum comentário, provavelmente fornecido pelo próprio orador. 37
- O público era selecionado por Correa e pelo conferencista na forma de bilhetes de entrada. 38
- Papel de Correa:
- Manoel Corrêa, além de propor as Conferências, as coordenava e convidava os oradorers, Ele escolhia quem poderia falar, ou seha, aqueles com abetal para tanto, sendo isot um modo de fgazer aparecer mais o seu trabalho, Inclusive, quando os conferecistas faltavam, muitas vezes era ele quem os substituía, provavlemtne a fim de não interromper o eventyo, Por ocasiçaio da ultima cconferencia na escola de S. José, ele subiu à tribunas, após o orador do dia, e reclamou a falta de ajuda de outros letrados na organização das conferêcnias, com propóstio de torna-las mais metódicas. Na preleçãos eguinte, o conferencista, conseleiro Joção Manoerl Pereira da Silva, também destacou a necessidade de se sistematizar as Conferências de maneira semelhante às que ocorriam na Europa. 39
- Alguns highlights: 1875 darwinismo de azeveod; 1876, caminhoá e mendonça e o curso de botânica; 1879, Bittencourt e temas diversificados dentro da medicina. 41 1880, ciencias naturalis e medicina com foco na reforma do ensino médico 73
- Seleto público, família imperial, aristocracia da corte, profissionais e estudantes. Não atingia os mais pobres. Crítica a falta das camadas mais populares por vários jornais, "não despertavam o interesse dos trabalhadores". Presença de mulheres. Prestígio social. 43-6
- O apostolo não gostava das conferências pois iam contra o catolicismo. 46 Criticou o cessão do prédio úblico também. 49
- Correa paracia querer informar os letrados na Glória, mas ajudou a fundar a Associação Promotora da Instituição Pública em 1874, dedicada a instrução dos mais pobres. 51
- Foco nos conhecimentos práticos. 52
- Maçons do lado do governo contra a igreja. Apostolo dizia que religião aparecia sim, mas para ser atacada 54 Em 1876 Correa censurou um orador por falar de religião, mas os ouvintes falaram que tudo bem.
- Imprense faz parte da construção da opinião pública 56
- Em 1874 um dos ouvintes sugeriu um taquígrafo. Em 1876 contratam dois e lançam a revista Conferências Popualres. Textos passavam pelo crivo do autor. Tinha menções a aplausos mas não a coisas ruins 59-60
- Mostra a via de mão dupla entre imprensa e povo. 59
- Gazeta de noticias apoiava muito a publicação. Destacando inclusive Azevedo e Antonio Felicio dos Santos, que também toca no darwinsimo.62
- Breve sintese
- As Conferências Populares da Glória se constituiram como um iportante espaço formador de opinião pubilca, que reverberava em ouro, que era a imprensa. Por possuir esse caráter, muitos temas que estafam em pauta nas discussões políticvas e sociais eram expostos. Vale relembrar que os conferencistas tinham o papel de difundirt o conhecimento cientifico que possuíam. Dos oradores mapeados, méidocs e bacharéis em direito constituíam a maoria. Segundo Tania Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira, ter finalizado um curso superior afiançava uma "série de privilégios", por exemplo, muitos cargos polítcos e burocráticos eram preenchidos por bacharéis (1999: 29). 63-4
- Portanto, temas relacionaods às ciencias naturais e a medicina forma amplamente discutidos na tribuna da gloria, onde os detendotres do saber medico oficial tentaram, pooor meio de seu poder de convencimento, fazer o publico aceitar os preceitos por eles expostos. A "opinião esclarecida" (NASCIMENTO, 1989) vinha nos discurtsos dos oradores das tribuna da Glória, já que eles, em sua maioria, faziam parte de uma camada da sociedade especializada em alguma area do conhecimento. 66
- Enfim, o espaço das Conferências Populares da Glória consagrou-se, entre 1873 e 1880, como privilegiado para importantes discussões, em espeical aquels relacionadas a cierncia. Nestye lugar, conseguia-se a reprecurssão necessária para a legitimação de ideias que constituiam parte de um prokjeto de educação cientifica. 74
- As Conferências que tinham como objetivo a instrução do povo, vista como veíiculo para alcançar o desenvolvimento e o progresso do país levando-oo à civilizxação, passaram a ser palanque de reivindicações socieias e ppolíticas, bemc om local para a inserção de novas ideias. 77
- Perspectiva iluminista da pedagogia. 65
- Ver conferencias de azevedo, Galdino e Antonio Felicio 67-9
- Haviam outras conferencias no Rio e restante do Brasil. mAs que faziam mais cursos do que conferencias unicas para um publico similar. Mas correa era reconhecido como "pai" do formato.75-6
C II - DARWINISMO NAS CONFERENCIAS SPOPULARES DA GLORIA
- Primeria defesa publica por Azevedo em 1875. Mas ja tinha falado sobre na tese de doutorado da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Bem tributário de Collichio e Cid. 79
- Bom resumo das proposições da tese. 80
- Primeira conferencia em 1875, necessária pois ainda não se conhecia Darwin no Brasil. Necessária para aumentar a civilização, pois era discutida na europa e outros países. Dava uma conotação positiva a conferencia. Enfase no caráter cientifico e no ineditismo 81
- Almejava-se alcançar um novo e mais alto patamar da civilização, via um modelo pré-estabelecido que serviria a qualquer localidade do mundo, portanto, seria asim este mais um aspecto cosmopolita. 82-3
- Segundo o Jornal do commercio pretendia-se demonstrar a utilidade do darwinismo para as academias e populares. 83
- Azevedo dizia que os principais atravancos eram os preconceitos religiosos e o sistema oficial de ensino.
- Reforçava que o Darwinismo não lidava com religião. E a estendia para a sociedade 84
- Questão do serviço militar, hierarquização do homem e determinismo hereditário. Também questão política 85-6
- Imprensa sempre reverberava 87
- Haeckel
- O emprego de ideias de outros evoucionistas junto às de Darwin denota o Darwinismo concebido por Miranda Azevedo era filtrado, de modoa apresentar uma ressignificação das ideias d Darwin e de outros seguidores do evolucionismo. ... chegando a apresentar propostas discordantes de Darwin 87-8
- Respondia os jornais, via de mao dupla.88
- Na segunda preleção fez uma analogia as ciencias naturais e o governo de um estado., buscava unificação dos povos e simplificaçãoe unidade das ciencias. Existiria apenas uma verdade para cada aspecto da sociedade, na ciencia o darwinismo e na politica o republicanismo (bem positivista).
- Apostolo era o principal antagonista. Era acompanhado de outros como o Boa Nova.
- No tocante às ideias expostas por Miranda azevedo, para o apostolo, adifusao da teoria darwinista era condenada pela igreja e proibida por lei"l por qe instiuia um a oncva orifgem do mund, retirando de Deus o poder da criação, senod, por isso, uma hipotese ateísta. Ainda salientou que as rejeições da existencia de Deus e da imoritaldad alma, sustentada oir Dasrwubn, não podeiam ser difundidas no Brasil, pois seria um crim ´revisto pelo Código Criminal e, como tal, sujeito ás devidas penalidades. .... 91
- Briga entre católicos e maçons do governo.
- Católicos eram contra o positivismo também. 92
- Globo pro darwin, sinomizando com progresso. Vários jornais numa grande contenda 93-4
- Azevedo deixa a decisão de ser crime ou não para o público, ressaltando os benefícios do darwinismo fretne ao dogmatismo católico. 94
- O apostolo criticava também a faculdade de direito por permitir a tese. Lembrando que Mendonça havia criticado o darwinismo a partir do positivismo em sua tese 95-6
- Caminhoá que sugeriu o darwinismo para Miranda. 96
- De acorodo com caminhoa, tendo como parâmetro comparações entre intelgiencias, a distinção entre homens e macacos era pequena para os seres humanos consderados e raças mais inferiores. Ele partia do princiopi que havia uma escala da humanidade, na qual existiam vários tipos de homens, uns mais aperfeiçoados que outros , fazendo, portanto, uma racialização do homem, em que o grau de raciocínio o aproximava ou o distanciava dos símios 96
- O apostolo passou a atacar azecveod diretamente, sem contra argumentos. 98 Tinha medo pelos ignorantes influenciáveis, 99
- "Na luta pela não dfusão das ideia sdarwinistas todos os argvmentos e ramas podeiram ser tutlizados' 99"
- A despeito de um pretenso lugar de neutralidade, a imprensa era um lócus de disputa, em que cada periodico busva, dentro do sue perfil jornalistifco e poikuticm arugmentos e modos de convencimento de sua opinião. Dos jornais pesquisados, o apostolo foi o único a fazer estardalhaço sobre as conferencia que tinham a teoria de darwin como tema. Ele procurava espaço neste embate, uma vez que os outros não condenavam a difusção da teoria. O proposito do silencio destes assinala um posiocionamento politico favorável. 100
- A celuma em torno das ideias darwinistas tecve como centro dois polos, um contrário ao sistema de Darwin, rwepresentqdo pela folha cat´0lica O apostolo, outro partirádio, tendo como figura central Miranza Azeveodo eo s jornais que sem otravam favorávei - O globo, Jornal do Commerico e dirio
do rj. estes muitas vezes nãos e exprtessaram de modo explicot, mas o silencio
ao penas treusmior as cvonferencia do medico assinal que nçao erma divergentes. 115
- Algumas ideias de darwin tiveram mais aceitação que outras.Mundo não fixo e descendendia ancerstral passaram, gradualismo e sn recusadas. 101
- Nota 44, usa o origin de 1864, 111
- Igreja tinha o Sylabus Errorum de 1864 que condenava o darwinismo, positivismo e outras dieias. 106 tbm era apontaod que darqwin era prtyestante 111 Embora apoiasse o séquito em outros contextos 117
- Longo debate sobre o homem ser descendente do macaco, embriões e geração espontanea 106-110
- O emprego dos desenhos de Haeckel mostra que a acepção que Miranda Azeveod tinha do darwinsimo era permeada por outras teorias evoluciostas. Sua aplicação a sociedade trambpem marca a apresençan d o pensamento haeckleiano, que pregava a extensão das ideias biologicas ... 112
- Católicos vs positivismo 113-4
- Bittencourt era contra azevedo e citava Woodhouse. 114
- Outras conferencias darwinistas. Galdino Emiliano das Neves discorreu sobre a geração esponânea.Antonio Felicio Santos mencio meio en passant. Joao dos Reis de Souza Dantas Sobrinho bem desenvolvido, ver 119. Bittencourt discordou. Miranda apresentou em outro espaço sobre as msitificações religiosas. 117-120
- Recepção não pacifica. Reformulação 120
- Síntese final:
- O cerne da polemica envolveu o apostolo, jornal catolico que desde o incio se mostrou discordante das ideas de dariwn, O grande problema estava no fato de a toeria retirar de deus o poder na criaçaõ da terra e do homem. A possivel origem macaca do homem apontada como derivaticva da hipotese darwinirtas, tambe foi motivo de severas crticas, porque era contraditoria a bilbila que dizia ter sido o homem criado a imagem e semelhança de deus.
- Para o jornal, o govenro era culpado pela difusão das idieas darimwista na sociedade brasileira uma vez que não fazia nada contra as conferencias populares. Desde a questão religosa de 1872, qas relaç~es tnete o estado e a igreja estavam cada vez mais tnesas, e a propagação do darinwimso era encaad como mais um reflexo dessa crise. portano, ciritca o darwintsmo também era uma maneira de criticar a dimnuição do poder da igreja sobre a organização politica do estado.
- Aprwesentar o darwinismo em um espaçõ como o das conferencias era estrategio por se rcaracterizar como um importante lugar de sociabilidade e que repercutia diretamente nos jornais. Formar uma opionião publica a respeito das ideias darwinsitas era o objetivo de alguns dos oradores das conferncias da lgoria e de parte da imprensa, uma vez que, conforme já foi discutido no capuitulo anteior, esses eram espaços de formação de opinião publica. Difundir a teoria de dariwn era fundamental, pois ela era cientifica, moderna e originaria da europa, um local civilizado, onde já estava sneod discutida, portnao, deveria selo aqui também, já que o modelo de cilização seguido pelo brasil era o europeu.
C III - O MULATO E O DARWINISMO
- Li esse cap menos atento, pois é mais tangente a tese, assim tem menos notas.
- Para Bosi, a enfase no darwinismo diminui a qualidade literária do Mulato. 124
- Aluisio Azevedo era influenciado pelo positvismo e republicanismo. Geração de 1870. 128-9
- Romance aborda anticlericalismo, racialização, escravidão e republicanismo. Visão spenceriana, determinismo científico e geográfico 137 Ver também 158
- "raça aparecia como elemento definidor do caráter moral e da índole" . Luta pela vida no mundo dos homens 143
- Degeneração por cruzamento. 146
- Hierarquização entre os brancos, portugueses bem abaixo 153
- Critica a formação ruim das mulheres. 162
- o discurso da ciência vinha para indicar qual seria o papel considerado natural da mulher na sociedade, como se não exisitsse o livre-arbítrio 138
- Luta pela vida na qual o branco, mais forte, sobrevive. Branqueamento do Brasil como coloca Romero. 165
[muito do que está aqui também está no livro anterior]
INTRO
- "Conferenciomania", sucesso das conferencias no Brasil como infotrenimento. 19
- Primavam pela cientifização dos argumentos e linguagem. 20
- Buscavam tratar da aplicação do darwinismo na sociedade, hierarquização racial e criação da família (educando a mulher para ser mãe, concepção científica de maternidade). Foco na camada letrada. 21
- Embora o imperador não financiasse as conferencias participava sempre. 22
- Expansão do número de periódicos consultado. 23
- Metodologia: Dias, multiplicidade dos tempos e historização dos conceitos segundo seus contextos; Kosellek, crítica as fontes; Canguilhem, julgamento do passado sabendo que a verdade é provisória. 23-4
C I - Espaços de ciência na capital imperial
- Contexto. Fim do tráfico de escravos em 1850. Ventre livre em 1871. Guerra do Paraguai termina em 1870. Manifesto republicano no mesmo ano. 27
- Freitas sugere que a mania de conferencias começou com o casal Agassiz no Rio em 1865. 27-8
- Conferencias da gloria publicas e gratuitas mas com publico selecionado pelo orador e coordenador. 29
- Também haviam os curso do MN, cumprindo uma de suas funções que era o ensino de ciencias. Especialmente importantes após 1876, na gestão de Netto e pós-reformulação do MN. 32-3
- Os diretores dos departamentos deveriam ministrar os cursos, mas nem todos tinham o dom para isso, como coloca o próprio diretor de ccs físicas, Orville Adfalbert Derby. 34
p. 47
- Também ocorriam conferências avulsas com maior ou menor grau de sistematização e continuidade. Era comum que fossem organizadas para arrecadação em prol de causas beneficentes. 37-8
- Primavam pela linguagem cientificista. 38-9
- Medicinaa foi o assunto mais frequente na glória (doenças, profissão, ensino, substâncias, fisiologia, anatoma e discurso médico). Epidemias. [Sendo o pragmatismo importante e a proximidade da medicina com as ccs não é de surpreender] 41
- Havia um acumulo de capital simbólico entre os oradores e público. 57
- Oradores vinham do IHGB, da Academia de Medicina, da Faculdade de Medicina, etc.. 61
- Além da Assoc Promotora da Instrução havia a Soc Propagadora da Instrução as classes Operárias da Lagoa e a Soc Auxiadora da Industria Nacional que se preocupavam com o ensino aos mais pobres já que as conferencias eram elitistas. 63
- Sintese
- Civilizar e educar a população eram tendências do império. Marcado por objetos modernizadores, o aparato governamental empenhou-se para efetivar a civilização, por exemplo, apoiando socieades particulares promotoras de cursos escolares e de exposições nacionais, enviando representantes brasileiros para exposições universais etc. O republicanismo, o abolicionismo, o positivismo e a valorização de uma cultura burguesa, presentes de modo cada vez mais crescente nas sociedade, sinalizavam para a necessidade de civilizar e educar a população. Com relação à aboliçõao, a percepção de que a escavidão estava com os dias contados ampliafa a necessidade de civilizar aquels bárbaros que em breve sairiam do cativeiro,. De mod mais amplo, era preciso civilizar e educar negros, índios, mestiços, brandcos pores e as mulheres para acabar com barbárie da sociedade brasileira. Nesse contexto, a ciencia exerciao papel de controle social. No caso dos cursos e conferencias, os arufgmentos dos oradores, com o intuot de civilizar a nação, estavam marcados por uma linguagem científica/cientificista. 64
- Cilização era o estáio máximo da sociedade após adquirir leis e cultura. Havia uma sinoníma entre civilização, progresso, ciencia e educação.67-70 Civilizar = Europeizar 72 França como expressão máxima, mas também havia inspiração na Inglaterra 73.
- Cultura indigena era desvalorizada e deveria desaparecer via miscegenação ou destruição.75
- Sobre os negros:
- A ausência de uma discussão acerca do negro sugere o quão tortuosa constituía a questão para essa camada letrada branca, que optou simplesmente por não tocar no assunto. 76
- Questão da miscegenação das raças, ver 77
- Correa: algumas raças eram favorecidas por deus e deveriam civilizar as outras. Naturaliza a desigualdade mas acredita que todos eram capazes de serem civilizados. 79
- Tradução é um dos aspectos da vulgarização. Ver Vergara 2008a, 2008b. 80 [ver outros aritigos sobre periodicos dela]
- A vulgarização cientifica pressupoe a tradução: tranformar o discurso cientifico, repleto de termos e conceitos complexos, em uma linguagem mais ismples, acessíveo ao publico leigo, No wetnato Vergara alerta haver m limite nesse processo de tradução em vista da impossibilidade de se realizar a "transmissão integral" do conteúdo cientifico; assim, a vulgarização também se caracterizaria como uma tividade criadora. Segundo a pesquisadora, no Brasil do século XIX, a vulgarização era um modo de propaganda, servindopara o cientista conseguir o apoio da sociedade em suas atividades cinetificas. Associar a ciencia ao progresso facilitava a ceitação do publico leigo. C om isso, os cientistas conseguiam prestígio social e apoio financeiro, Além do mais, atribuia-se, assim, à vulgartização um caráter mais propafandistico do que educacional. O proprio Couty, ao defender a vulgrauização ceintifca, a via como um tipo de propaganda: "Quiseram meus amigos que eu começasse este trabalho decarando porque e como empreendemo realizar aqui a nova propaganda cientifica". 85
- Artigo 33 do regimento do MN dizia que os artigos de vulgarização tinham que ser de linguagem simples. Também havia a possibilidade de se utilizar recursos pedagógicos 85-6
- Couty e Teixeira diziam que não era bom simplificar. Havia uma certa irredutibilidade em certos assuntos 86-8
- Volta e meia rolavam gaps de linguagem, entre achar ela simples ou rebuscada demais. 88-9
- Destaque para a ciencia utilitária e para a adaptação a realidade nacional. A utilidade ajuda no aprendizado e reconhecimento. Utilidade da ciencia começaria no iluminismo ganahndo força no XIX 89-90
- Sobre o povo
- Para Couty, o país precisava desenvovler pesquisas experimentais para pode rprofgeedir, canedo ao publico a fiscalização desss estudps. Pórém, o público só poderia ter algum controle se estivesse habilitado para tal. - o preparo viria por meio da vulgarização dos trabalhos científicos; 91
- Conclusões: Vulgarização cientifica para a camada mais letrada por projeto político. Problemas de compreensão devido a liguagem por vezes. Vulgarização fazia parte da prática cientifica. Mostrava a aplicação prática da ciencia e ajudava a promover a civilização do país. 92
C II - Concepções sobre o darwinismo
- Mayr, 5 teorias autonomas: evolução; descendencia comum; gradualismo; multiplçicação de espécies; seleção natural. 93
- Gualtieri, pontos de divergência na recepção: seleção natural, incorporação do ser humano e exclusão do Criador. 94
- Termo darwinsimo surge em 1864 por Huxley. Lembrnado que "a mistura de Darwin com outras, empreendida por alguns, não fazia com que fossem considerados antidarwinistas." Analisado sob diferentes perspectivas no espaço cientifico e fora dele 94-5
- Sierra, não há diferença entre darwin social e darwin sem adjetivo. Villamar diz que sim, pois são Spencer e não Darwin. 95
- Começa com resistências. 96-100
- Correa, fundandor das conferencias, falou sobre darwinismos apena suma vez para discutir o poligenismo e o monogenismo. 100-1
- Darwin pelo olhar de terceiros. 101
- Darwinismo e evolucionismo se misturavam 102, 111
- Bittencourt
- Contra materialismo. Papel de Deus. Experimentalismo contido. Criticava os embriões de Haekcel [ver Hopwood]. Adepto do poligenismo (via Morton e Quatrefages) e fala da falsidade dos fósseis (muda de ideia depois), assim como Cuvier negava. 102-9
- Agassiz também via os fósseis como criação divina. 109
- "Bittencourt apresentou a teoria de Darwin ligada à idiea dse progresso, pois explicaria como as espécies inferiores haviam se transofrmado em superiores. Advertiu também que, nessa abordagem, entre os dois extermos teriame xistido tipos intermediárops. A associação entre darwinismo e progresso foi recorrente. As mudanças ocorridas dfurante o processo 4volutivo eram compreendidas ocmo ocorridas duante o processo evolutivo eram compreendidas como alterações de um sitema mais simples para um mais complexo, um moviemento de avanço, de progresso. Entretanto , Para Darwin, as modificações não produziam, necessariamente, formações mais elaboradas." 111
- Bittencourt dizia que o Darwismo era sofismático e baseava-se em hipóteses não fundamentadas e ressalvtava a inexistência de evidencias, eg formas trnasicionais. Não explicava o como. 111-2
- Contraditoriamente ressaltava a força da SN, luta pela existencia, herança e influencia do meio. 112
- Transformações nas espécies apenas superficial. Ambiente sem vigor para efetuar alterações. Baseava-se em Buchner, o materialista, a quem conheceu via trad francesa provavelmente. Talvez não leu darwin diretamente. Contrapõe Darwin e Buchner. 114-5
- Era contra a geração espontanea. 116
- Cita também o Le Darwinisme de Duval. 116
- Poligenista. 118
- O recaptulacionismo era importante na hierarquização das raças.104
- Miranda Azevedo
- Afirmava ter lido o Origin e o Descent. Mas era marcado por Haeckel e Lamarck. 121-3
- Luta pela existência é a primeira lei. Envolve o homem, naturaliza as guerras 123-4
- Hereditariedade haeckelian rumo ao aumento de complexidade 124-5
- Apoiava a geração espontânea de Pouchet 125
- Unidade entre o mundo biológico e social 126
- A história da humanidade, na análise do orador, era única. Todos os povos, não importando suas especificdades culrturais, passariam pelos mesmo estágios. A existência de leis universias, orientadoras das nações, faria com que elas percorressem semlhante caminho, era inevitável e fatal, já estava determinado. Entretanto, Miranda Azevedo frisou que isso só acontecia quando s povos atendima às "condições de progresso"; logo, para conseguir caminhar na estrada da humanidade fazia-se necessário seguir a luz do progresso. Portanto, para ele, todos estariam em condições de evoluir, bastava entrarem no eixo correto. Aqueles que não o fizessem, provavelmente, estariam na barbárie ou ainda não teriam evoluído. De acordo com Gualtieri, "a lei biológica de Haeckel, transferida para o mundo social, previa que os povos, dfurante seu desenvolvimento, recapitulairam a huitória d eoutros povos já desenvolvidos." 127 [republicanismo e darwinismo]
- Museu Nacional
- Landislau Netto era darwinista e promovia pesquisas e programas focados na comprovação de teses darwinistas. 129-30
- Buscou estudar as plantas trepadeiras igual a Darwin. 131
- Gradualista. Tratava as adaptações modo mais enfático. "o conceito de adaptação estava muito marcado pela maneira que a espécie se adequava ao meio, numa abordagem quase lamarckista". Viés lamarckista 133-6
- Netto conciliava religião e evolução 136
- Até hábitos culturais eram explicados pela adaptação 137
- Defendeu casamentos consanguineos para evitar sujar o sangue. 138
- Emigrações também como uma luta pela vida. 139
- Seleção intelectual era a mais importante. Proresso da raça. Intelecto diferenciava o homem dos animais. Escala das raças.142
- Confrontou a vida das plantas e dos homens. Não era necessário ter dó dos proletários, pois eram acostumados. 142-3
- Luta pela vida "fatal atributo de tudo que vive", mas os mais ricos sofriam mais pois tinham que buscar seu sustento puxando o saco do governo. [talvez uma critica velada] 144-5
- Talvez critica a escravidão? ver 145
- Conciliava poligenimso com evolução. 146
- Pizarro
- Para Pizarro, o impedimento da franca propagação dos princípios darwinistas erra conseguencia de uma preconceituoa visão religiosa. Esta atravancava a divulgação ampla da teoria de Darwin. Na interpreação do cientista, existiria certo maquiavelismo religioso na rejeição. 149
- Origem teria impulsionado as pesquisas. Louva o imperador. Também influenciado por Haeckel 152
- Teve um trabalho posteriormente crticado, Era ruim mesmo. 153
- Maior aceitação que rejeição quanto ao darwinismo. Questão religiosa. Filtros de Lamarck e Haeckel. Haeckelismo marcado em Pizarro e Azevedo e Lamarckismo em Azevedo e Netto.153-4
- Expansão social do darwinismo notavelmente por Azevedo e Netto.
C III - RAÇA EM FOCO
- Para Hofbauer branco era ser cristão. Esse era o principal critério. 156
- Todorov, racismo e racialismo (corrente europeia do xix). 157
- Racialização era tema de muitas conferências.
- Louis Couty falava sobre o cérebro pela chave racial. Latinos seriam indisciplinados (indolentes, preguiçosos) por natureza. Hierarquização das raças. Influenciado por Quatrefages e Long. Mestiços eram superiores aos negros no Brasil. Era anti-escravagista, mas não advogava pelo abolicionismo imediato. Variáveis biológicas e socias eram determinantes para o cérebro. "A raça determinava a disparidade entra a doença no branco e no negro". Efeitos da escravidão desconsiderados. Vukgarização era importante, pois homens instruídos se saiam melhor contra doenças 159-67
- Nicolau Joaquim Moreira. Hereditariedade tinha o papel definidor das raças. Influenciado por Agassiz, considerava a mestiçagem degenerativa. Incentivava a imigração dos melhores brancos. Contrário a escravidão. 168-71
- Conclusão: MN fez várias exposições relativas a raça. Vários critérios de classificação dependendo do orador. Discursos cientificos/cientificistas. Não havia consenso quanto a miscigenação.
- índios, civilizá-los ou exterminá-los 173
- Couto de Magalhães favorável a miscegenação. Trabalho indigena para o bem do país. Utilizava argumentos culturais e históricos para inferioridade do indio, do qual tinha visão positiva.174-6
- Landislau Netto, "o índio seria equivalente a um branco primitivo, indicando que, para netto, a ontogenia recapitulava a filogenia." Relativizava o conceito de Beleza [como darwin faz no descent]. Pessoalmente, contudo, acreditava que os bracos e sua cultura eram mais belos.
- João Baptista de Lacerda do MN. Primeiro curso de antropologia do brasil. Interessado nos botocudos que considerava ser os mais inferiores dos indios. Mulheres indigenas inferiores as brancas. Indio mais fraco que o branco, não servia como mão de obra. "Necessidade constante de qualificar negativamente o índigena". Provavelmente influenciado por Morgan com relação ao uso do termo étnico (estágio civilizatório) 178-95
- Feliciano Bittencourt. Origem única do homem na américa. Poligenista. Selvagem deve ser civilizado em oposição ao extermínio natural (como coloca Varnhagem) ou planejado. A favor do indio como mão de obra. 195-9
- Negros inferiores segundo diversos métodos desde o princípio de sua existência. Contudo
- [o negro] representava o "outro" que estava ali, diante dos olhos, e, devido à existência da escravidão na sociedade, fundamentadora das relações sociais, econômicas e culturais, optou-se por não abordar detidamente a temática da escravidão nem aprofundar discussões raciais em torno do negro. 199
- Netto defendia o branqueamento para melhorar a raça negra e a índigena. 204
- Classificação de Netto pautada pela cor da pela. 205
- Abolição era uma certeza pra breve. Substituição da mão de obra escrava era um problema. Procuravam políticas imigratórias. egros e mestições eram racialmente infeirores e não poderia ser utilizados. A vinda de brancos era essencial 208-9
- Aclimitação dos imigrantes foi tema de teses. Era necessário garantir as condições de higiene locais e combater a febre amarela, pois retardava o branquamento. 210-1
- Primeiros imigrantes chineses em 1814 para tentar cultivar chá, mas não deu certo. Voltou a ser aventada nos 1870s 211-3. Duas questões eram tratadas: crédito agricola e falta de mão de obra. Não queriam chineses pois eram inferiores. 223
- Pensava-se em trazer alemães, mas foi criticado pois eles se fechavam em comunidades e não contribuiam para o branqueamento. 213
- Augusto de Carvalho apresentou suas ideias de como atrair imigrantes. Nicolau moreira propos a utilização d emaquinário agricola e melhoras cientificas e de instrução para diminuir a necessidade de escravos. Era abolicionista e usava argumentos econômicos. Relacionava a escravidão ao atraso. "Alguns argumentavam que a escravidão não poderia acabar porque isso provocaria um colapso na economia do país, especialmente na agricultura". Era um dos poucos a advogar o emprego dos libertos. 216-9
- Ao defende que, com a liberdade, os ex-cativos trabalhariam saisfatoriamente na lavoura, Moreira estava em dissonânciacom aqueles cuja argumentaçãosustentava que os libertos se entregariamà vagabundagem. Para ele, se o escravo fosse bem tratado, era natural, que, uma vez liberto, não tibvesse problema algum em trabalhar para seu antigo senhor. 218-9
- Era higienista
- Portanto, nas discussões acerca da imigração, quem daria a palavra final era o médico, que, por meio de uma abordagem higienista, analisaria todas as variaveis e foneceria o parecer sobre qual seria a mlhoer raça para se inserir no Brasil. Os debates em torno da imigração aocnteciam em várias eferes da sociedade; no entanto, para Moreira, somente as proposições pautadas no discuso médioc cine´tifico poderiam se axcartadas como corretas e verdadeiras.
- De acordo com sua análise, o clima tropical nçao representava impeidmento para o imigrante europeu. cabiua aos médicos detemrinar em qual regiãp brasileira ele melhor se adaptaria. .... Ao tratar da aclmitação do imigrante europeu, Moreia acabou hierarquizando os povos, colado o braoc europeu acima do africano, do indio e do chines, posto ter desbravado e cultivado a terra. É especialmente interessante o fato de ter rebaixado o índio, habitante daqui e acostumadoàs altas temperaturas, porque ele não havia lavrado a terra. Isos indica que o fundamental não era adaptação climpáticas em si, mas lidar com a erra de acorod com o sistema ocidenta, ou mlehor, europeu. 220-1
- Para moreira o governo deveria "dispensar sua influencia moral" sobre os imigrantes de outra cultura e não-católicos e garantir a estabilidade do solo e serviços de bem estar.
- O imigrante almejado por Nicolau Moreira era o europeu que viesse opara o Braisl voluntariamente. Entretajnto, isso só aocntecveria qunasdo houvesse "çierdade de culto, itgualdade de direitos civis, garantias municipais e políticas, exrtinção da escvravatura e nobilitação do trabalho pelo emprego do oper´rio livre". Para o cientista, além dos dieirto civis e religiosos, era fundamentla uma mudança de mentalidade, que só viria com a blição. A modificaçãose daria na medida em que, com o fim da escravidão, implantar-se-ia o trabalho assalariado, o qual, a partir de então, deveria ser valizardo pela poluação. O wenaltecvimento do operário estimularia o imigrante estrangeiro a vir espontenamente opara io Brasi,. Ou sejam na sua interpretação, a existência da escravidão impedia a valização do trabaljho pela sociedade.221-2
- Antropologia tinha o papel de embraquecer a população. Não era favorável aos chineses. Argumentos favoráveis: eram transitórios. Outros argumentos a favor é que não se enraízariam, e trabalhariam por menos. Para Moreira, eram inferiores racilamente e poderiam inferiorizar o brasil e seu trabalho se assemelhava a escravidão, não contribuindo para o progresso social. Imorais e dificeis de serem convertidos ao cristianismo. Prejudicias a saúde publica, ou seja, não eram higienicos. Trabalhavam menos. Não deu certo devido a cutos de transporte. 224-9
- O cientista e conferecista do museu desejava passar a imgem da igualdade dos homens, porém , alguns forma decaindo ao logno do tempo. Apesar de não se referia à degenração, o princípioestava implícito em sua fala, A china, uma nação degenrada, estava fada a barbária, e, pelo visto, não havia reversibiliodade nesse processo. Ela nãoera anturalmente inferiro, mas se tornou devido a seus lídereslocais e seu isolamento. Ou seja, se o páis não estivesse tão isolado, teria tido maior contato com o Ocidente, que por sua vez, contriburia para evitar a degradação. 228-9
- Conclusões: Debate sobre emigração na spreleções para substituir a mão de obra escrava. Melhor que fossem brancos para melhorar a nação. Preletores adotaram postura pedagógica para discutir os caminhos de branquamento, escravisdão, civlização do indigena. "E se não saíram vitoriosos em sua proposta,s conseguiram estabelecer um discurso racial que influenciou as décadas seguintes." Inferioridade do negro e indio cientificamente ou anedoticamente comprovadas. Diferentes criterio raciais (Cor da pele, nação, etnia). 229-30
C IV - UM ESPAÇO PARA MULHERES
- Mulheres como oradoras, público e tema.
- Deveriam saber das ciências somente o necessário para maternidade. 233
- Preletoras: 1877, Condessa russa Lydia Pasckoff falou sobre a mulher na civlização moderna. Sem grandes efeitos, muitos comentários sobre aparência. 1888, Maria da Glória Loureiro de Andrade falou sobre escolas, convocou as mães a participarem da educação. 231-6
- Apenas duas preletoras: "mulheres não possuíam sabers considerados dignos de serem compartilhados publicamente". Contudo, muitas das palestras eram dedicadas ao público feminino, mesmo que fossem minoria na plateia. 236
- Comparecimento sempre foi estimulado. 237
- Carlos Antonio de Paula Costa fundou o periódico Mãi de familia.Pregava o aburguesamento da familia, sanitarmios, maternidade como função social da mulhere, educação feminina e abolição. 238
- Mãe como assistente imediata do médico. Deveria saber um pouco dos sintomas e tratamentos de emergência até que o médico pudesse atender a criança. 246
- Máximas maternais: "valorização do trabalho, da honestidade, da leitura e da edfucação, a higiene, o amor aterno e a família foram temas presentes em tais máximas." 247
- Contava com traduções de periódicos científicos e de vulgarização principalmente franceses. 247-8
- Também contava com folhetins instrutivos e peças teatrais de caráter moralizador. 249
- Papel do Higienista para Costa:
- sua função era a de incutir determinados valores por meio da educação, marcados por um vocabulário científico/cionetificista. A ação estaria, portanto, respaldada no discurso médico cinetífico, o qual, supostamente, forneceria a credibilidade necessária para a ceitação de tais preceitos. Digo supostamente porque, no período em questão, a medicina oficial disputava espaço com outros métodos de cura - por exemplo, muitos provurava curadores pqra tratar de seu males. 253
- A responsabilidade de educar a filha era da mãe e não de "mercenários" ou internatos. Mães podiam errar por serem muito jovens, preferirem a vida social, velhas, ignorantes, religiosas ou anafalbetas. Deviam aprender o necessário para criar os filhos 255
- Contudo, o raio de ação da educação feminina estenda-se além do espaço privado, alcançado também o plano da esfera pública: a mçãe bem instruída poderia beme ducar seu filho, que se tornaria um bom cidadão e, dessa maneira, contribuiria para o progresso e acvivilização do país. Embora seu públivo leitor fosse composto pela elite da corte, esperava-se quer tais mulheres levassem o conhecimento adquirido às mães menos favorecidas da sociedade.Ao propor vulgarizar conehcimentos higienistas, A mãi de familia se inseria no rol de publicações cuja finalidade era vulgarizar a ci~encia. Sua peculiaridade residia no fato de tal vulgarização ser direcionada ao público feminino, sobretudo às mães de família. 257
- Costa afirma que Maria Generoso Estrella, brasileira formada em medicina nos EUA, havia abdicado de ser mulher pela profissão. 256
- Era recorrente apontar as negligência maternas. Utilzava o discurso cientifico médico normatizador para ensinar as mulheres a serem mães. Especialmente aquelas que terceirizavam os filhos. 257
- Enclausuramento materno inspirado no Emílio de Rousseau. 259
- Embora a menstruação fosse comentada, a menopausa não recebeu atenção dos médicos, pois a mulher já não servia mais para ser mãe. 260-2
- "Não seguir os coneselhos estipulados pela medicina higiênica e não consultrar os médicos eram outros motivos para dequalifcar as mães". Criticava a busca por comadres e charlatães (definidos como profissionais da cura que não eram médicos). 263 Costa detestava isso. 266 "'A palavra máxima, única e verdadeira, só poderias ser dada pelos homens da ciência - no caso, os médicos.'" 267
- A Junta Central de Higiene Pública serviria para aconselhar os governos quanto a medidas sanitárias, epidemiológicas e higiênicas, alem de fiscalizar o mercado de medicamentos. Também tratavam da alma (caso de Juca Rosa). Contudo as punições aos charlatães eram raras. 265-7
- Parteiras formadas eram recomendadas enquanto subalternas ao médico, mas quase não havia profissionais desse tipo. 268
- Com o curso na Faculdade de Medicina normatizou-se a arte de partejar. 269
- Para costa, Higienista = Pedagogo social. Constantemente criticando mães que não seguiam os preceitos higienicos a risca. 271
- "a população não confiava na medicina, mesmo quando esta tentacvaa se firmar como oficial". 271
- Casamento também sob vigilia do médico de modo a evitar problemas hereditários e de mestiçagem. Semelhante a eugenia que viria depois. 272
- Terceirização do aleitamento era gravíssimo. 276
- Amamentar deveria ser um instinto materno natural. 277
- Alta taxa de mortalidade infantil resultava da má alimentação, incitando um sentimento de perda e culpa. 280-1
- Pensava-se na transmissão de doenças. Qualidade moral mantida via aleitamento também 281-2
- O aleitamento materno garantia que as crianças brancas não fossem amamentadas por mulheres consideradas racialmente inferiores, haja vista a crença d eo leirte transmitir qualidades morais ao bebês. A possibilidade de infectar moralmente os ifnantes, deturpando sue caráter, mostra outro perigo que os cativos representavam opara as famppilias brancas no imafginário desses homens de ciência. 282
- Havia desconfiança generalizada do negro. Criadas displicentes. 283-4
- Costa e Moncorvo Figueiredo pregavam que as amas de leite deveriam passar por exames. 289-90
- Havia várias instâncias de literatura abolicionista e maternalista. Costa congratulava as mães abolicionstas e recriminava as escravagistas.
- O conto de cunho abolicionista afirmva ser corriqueira a história e todo os dramas vicencvaidos poderiam deixar de existir com o fim da escravisdãio. Nele estão apresentaods os perigos que os escravosd fomésticos representafvam ara as família brnacas, os prblemas de entegar as crianças para que fgossem a amamentadas por amas d eleite, o paternalmiso senhorial, a corrupção da moral provocada pela escravidão, os perigos representados pelso feiticeiros negors, a hierarquização racial a sociedade, a histeria feminina. Pontos tratados por Carlos Costa em seus diversos artigos, sobretudo na seção "Palestra do Médico",... 298
- Para o médico, a escravidão representava o cancro da sociedade, a causa de inúmeros males. Em relação _as amas de leite, por exemplo. a questão central estava no faot de muitas delas serem cativas e, por isso, não produzirem leite de qualidade, porque a maioria tinha seus prórios filhos levados para lojnge, Entetanto, com o fim da escravidão, esses problemas deixariam de existir. 301
- Era solidário as maes escravizadas e a seus filhos relegados. Se fossem livres, poderiam servir de boa vontasde aumentando a qualidade de seu leite.301
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Ciência para controle social . Mas as conferencias tinham pouco impacto civilizador pois não eram ouvidos pelos bárbaros diretamente. 306
- Leitura de Darwin marcada por Haeckel e Lamarck
- Bittencourt contra o Darwinsimo. Por deus, mas também pela ciencia.
- Azevedo, infleunciado por Haeckel e Lamarck, considerava a vulgarização de Darwin importante para a sociedade na resolução de seus problemas.
- Netto e Pizarro, buscavam evidência empíricas para corroborar Darwin. Netto harmonizava ciencia e religião.
- Hierarquização com brancos no topo. 307
- Imigração pela ótica da racialização.
- Temas principais das conferencias: branquear a nação, tratar da escravidão e civilizar o índigena.
- Além disso era necessário educar a mulher nas ciencias para modernizar a familia e torna-la mais higienica. Awui se insserem também as discussões sobre aleitamento. 308
- Páragrafo final
- Por fim, a análise das Conferências Poulares da Glória, dos cursos públicos do Museu Naacional e das preleções "Avulsas" mostra como o discurso cienticoc/cientificista serviu de base para projetos modernizadorres da sociedade, que objeticavam ezstabelecer o progresso e a civilização da jnação. A pliocação social do darwinvimos, as análises racializadas sobre os locais sociais dos habitantes do país e o abrugesamento da mçãe de família forma alguns desses projetos,. As discussões, entrwetanto, ficavam restritas àqueles espaços de sociabilidade cinetidfca e letrada e não se traduziram em ações e procedimentos na sociedade. 308
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