Autoria - Barthes 1967; Foucault 1969, Ede 1985, Chartier 2000; Burke 2008; Seymour 2017

Barthes 1977 [1967] - Death of the author [link]
  • Writing is that neutral, composite, oblique space where our subject slips away, the negative· where all identity is lost, starting with the very identity of the body writing. 142
  • Autor como figura recente, pós idade média e burguês. Crítica centrada demais na figura do autor. 143
  • Mallarmé e subsunção do autor (sujeito) na linguagem. 143-5
  • Consequências
    • The Author, when believed in, is always conceived of as" the past of his own book: book and author stand automatically " on a single"liJ;le divided into a before and an after. The Author is thought to nourish the book, which is to say that he exists before it, thinks, suffers, lives for it, is in the same relation of antecedence to his work as a father to his child. In complete contrast, the modem scriptor is born simultaneously with the text, is in no way equipped with a being preceding or exceeding the writing, is not the subject with the book as predicate; there is no other time than that ofthe enunciation and every text IS eternally written here and now. The fact is (or, it·follows) that writing can no longer designate an operation of recording, notation, representation, 'depiction' (as the Classics would say); rather, it designates exactly what linguists, referring to Oxford philosophy, call a performative, a rare verbal form (exclusively given in the first person and in the present tense) in which the enunciation has no other content (contains no other proposition) than the act by which it is uttered - something like the I declare of kings or the I sing of very ancient poets. 145-6
  • Autor
    • We know now that a text is not a line of words releasing a siJ)gle 'theological' meaning (the 'message' of the AuthorGod) but a multi-dimensional space in which a variety of writings, none' of them original, blend and clash. The text is a tissue of quotations drawn from the innumerable centres of culture. Similar to Bouvard and Pecuchet, those eternal copyists, at once sublime -and comic and whose profound ridiculousness indicates precisely the truth. of writing, the writer can only imitate a gesture that is always anterior, never original. His only power is to mix writings, to counter the ones with the others, in such a way as never to rest on anyone ofthem. Did he wish to express himself, he ought at least to know thai the inner 'thing' he thinks- to 'translate' is itself only a ready-formed dictionary, its words only explainable through other words, and so on indefinitely; something experienced in exemplary fashion by the young Thomas de Quincey, he who was so good at Greek that in order to translate absolutely modem ideas and images into that dead language, he had, so Baudelaire tells us (in Paradis Artificiels), 'created for himself an unfailing dictionary, vastly more extensive and complex than those resulting from the ordinary patience of purely literary themes'. Succeeding the Author, the scriptor no longer bears within him passions, humours, feelings, impressions, but rather this immense.dictionary from which he dtaws a writing that can know no halt: life never does more than imitate the book, and the book itself is only a tissue of signs, an .imitation that is lost, infinitely deferred. 146-7
    • Once the Author is removed, the claim to decipher a text becomes quite futile. To give a text an Author is to impose a limit on that text, to furnish it with a final signified, to' close the writing. Such a conception suits criticism very well, the latter then allotting itself the important, task. of discovering the Author (or its hypostases: society, history, psyche, liberty) beneath the work: when the Author has been found, the text is 'explained' - victory to the critic. Hence there is no surprise in the fact that, historically, the reign of the Author has also been. that of the Critic, nor again in the fact that criticism (be it new) is today undermined along with the Author. In the multiplicity ofwriting, everything is to be disentangled1 nothing deciphered; the structure can be followed~ 'nin' (like the thread of a stotking) at every point and at every level, but there is nothing beneath: the space of writing is to be ranged over, not pierced; writing ceaselessly· posits meaning ceaselessly to evaporate it, carrying' out a systematic exemption of meaning. In precisely this way literature (it would be better from now on to say writing), by refusing to assign.a 'secret', an ultimate meaning, to the text (and to ~e world as text), liberates what may be called an anti-theological activity, an activity. that is truly revolutionary since to refuse to fix meaning is, in the end, to refuse God and ·his hypostases - reason, science, law. 147
  • O leitor é o foco da multiplicidade do texto. "A unidade do texto é seu destino, não sua origem ... O nascimento do leitor deve vir à custo da morte do autor". 148

Foucault 1969 - O que é um autor? [Ditos e Escritos III, (2001 ptbr)]

  • Nome do autor indefinido; Relação de apropriação indefinida; Atribuição não justificada; Posição indefinida. 264-5
  • Princípios éticos da escrita:
    • escrita apaga o sujeito. 268
    • parentesco da escrita com a morte: "o sujeito que escreve despista todos os signos de sua indvidualidade particular. a marca do escritor não é mais do que a signuliardade de sua ausência" 269
  • Crítica
    • A crítica já sabe da morte do autor, mas não a leva às vias de fato 269 devido ao bloqueio da noção de escrita:
      • "Penso então que tal uso da noção de escrita arrisca manter os privilégios do autor sob a salvaguarda do a priori: ele faz subsistir, na luz obscura da neutralização, o jogo das representações que formaram uma certa imagem do autor." 271
  • O que é uma obra?
    • Onde uma obra acaba? "A teoria da obra não existe 270"
  • Nome: autor
    • Não tem as mesmas relações de um nome próprio, a relação com as obras o modifica.
      • o nome de autor não é simplesmente um elemento em um discurso (que pode ser sujeito ou complemento, que pode ser substituído por um pronome, etc.); ele exerce um certo papel em relação ao discurso: assegura uma função classificatória: tal nome permite reagrupar um certo numero de textos, delimitá-los, deles excluir alguns, opô-los a outros. ... 
      • o nome do autor funciona para caracterizar um certo modo de ser do discursos: para um discurso, o fato de haver um nome de autor, o fato de que se possa dizer "isso foi escrito por tal pessoa", ou "tal pessoa é o autor disso", indica que esse discurso não é uma palavra cotidiana indiferente, uma palavra que se afasta, que flutua e passa, uma palavra imediatamente consumível, mas que se trata de uma palavra que deve ser recebida de uma certa maneira e que deve, em uma dada cultura, receber um certo status 273-4
      • [o nome de autor] corre ... aos limites do textos, ... os recorta, segue suas arestas, manifesta o modo de ser ou, pelo menos, ... os caractecteriza. Ele manifesta a ocorrência de um certo conjunto de discurso, e refere-se ao status desse discurso no interior de uma sociedade e de uma cultura. 274
      • A função autor é, portanto, característica do modo de existência, de circulação e de funcionamento de certos discursos no interior de uma sociedade. 274
  • Existem textos sem autor, e com autor. O que os diferencia? Quatro coisas:
    • Objeto de apropriação: Autoria surge mediante punição. A partir da estruturação do direito autoral vem o prazer de desfrutar de uma propriedade. 275
    • Textos literários antigos não prescindiam de autor, os científicos sim "eram os índices com que estavam marcados os discursos destinados a serem aceitos como provados". 275
      • ainda hoje servem como índices de credibilidade 276
      • Hoje: "o anonimato literário não é suportável para nós; só o aceitamos na qualidade de enigma" 276
    • Autoria é uma construção psicologizante: disse Jeronimo:
      • O nome não é suficiente; constante de valor; coerência teórica; unidade estilística; ponto de encontro histórico)
        • o autor é o que permite explicar tão bem a presença de certos acontecimentos em uma obra como suas transformações, suas deformações, suas diversas modificações (e isso pela biografia do autor, a localização de sua perspectiva individual, a nálise de sua situação social ou de sua posição de classe, a revelação do seu projeto fundamentla). O autor é, igualmente, o princípio de uma certa unidade de escrita - todas as diferenças devendo ser reduzidas ao menos pelos princípios da evolução, da maturação ou da influência. O autor é auinda o que permite superar as contradições que podem se desencadear em uma séire de textos: ali deve haver - em um certo núvel do seu pensamenot ou do seu desejo, de sua consciêmncai ou do seu inconsciente - um ponto a partir do qual as contradições se resolvem, os elementos incompatíveis se encadeando finalmente iuns nos outros ou se organiznado em torno de uma contradição fundamental ou originária. O autor, enfim, é um certo foco de expressão que, sob formas mais ou meons acabadas, manifesta-se da emsma maneira e com o mesmo valor em obras, rascunhos, cartas, fragmentos etc. 278
    • Todos os discursos com função autor comportam pluralidade de ego. 279
  • Fundadores da discursividade
    • produziam alguma coisa a mais: a possibilidade e a regra de formação de outros textos. 280 ...  não tornaram apenas possível um certo número de analogias [como os autores de Romance], eles tornaram possível (e tanto quanto) um certo número de diferenças. Abriram o espaço para outro coisa diferente deles e que, no entanto, pertencem ao que fundaram. 281 ... Se Cuvier é o fundador da biologia ou Saussure o da linguística, não é porque eles foram imitados, não é porque se retomou, aqui ou ali, o conceito de organismo ou de signo, é porque Cuvier tornou possível, em uma certa medida, a teoria da evolução que estava termo a temo oposta à sua própria fixidez; é na medida em que Saussurre tornou possível uma gramática gerativa que é bastante diferente de suas análises estruturais. 282
  • Fundação de cientificidade difere da discursividade, pois o ato de fundação está no mesmo nível das transformações futuras 282 já a instauração de uma discursividade é heterogênea às suas transformações ulteriores.
    • diferente da fundação de uma ciência, a instauração discursiva não faz parte dessas transformações ulteriores, ela permanece necessariamente retirada e em desequilíbrio. A consequência é que se define a validade teórica de uma proposição em relação à obra de seus instauradores - ao passo que, no caso de Galileu e Newton, é em relação ao que são, em sua estrutura e normatividade intrínsecas, a física ou a cosmologia, que se pode afirmar a alidade de tal proposição que eles puderam avançar. Falando de uma maneira bastante esquemática: a obra dessas instauradores não se situa em relação à ciência e no espaço que ela cirscunscreve; mas é a ciência ou a discursividade que se relaciona à sua obra como as coordenadas primeiras. 283
  • Retorno como parte do discurso 285
    • esse retorno, que faz parte do discurso, não cessa de modificá-lo, que o retorno ao texto não é um suplemento histórico que viria se juntar à própria discursividade e a duplicaria com um ornamento que, afinal, não é essencial; é um trabalho afetivo e necessário de transformação da própria discursividade. O reexame do texto de Galileu pode certamente mudar o conhecimento que temos da história e da mecânica, mas jamais pode mudar a própria mecânica. Em compensação, o reexame dos textos de Freud modifica a própria psicanálise, e os de Marx, o darwinismo. ... Através de tais retornos, que fazem parte de sua própria trama, os campos discursivos de que falo comportam do ponto de vista do seu autor "fundamental" e mediato uma relação que não é idêntica à relação que um texto qualquer mantém com seu autor imediato. 285
  • Foucault tem noção que a distinção entre cientificidade e discursividade é muito esquemática, mas ela mostra as complexidades de autoria não só de uma obra, mas de uma disciplina. 286
  • Retirar do sujeito (ou do seu substituto) seu papel de fundamento originário, e de analisá-lo como uma função variável e complexa do discurso. 287
  • A figura do autor não é absolutamente necessária ou constante.
    • o autor não é uma fonte infinita de significações que viriam a preencher a obra, o autor não precede as obras. Ele é um certo princípio fundamental pelo qual, em nossa cultura, delimita-se, exclui-se ou seleciona-se; em suma, o princípio pelo qual se entrava a livre a circulação, a livre manipulação, a livre composição, decomposição, recomposição da ficção. ... O autor é então a figura ideológica pela qual se afasta a proliferação do sentido. 288
    • Que importa quem fala? 288
  • Contudo
    • Não disse que o autor não existia ... falei de uma certa temática que se pode localizar tanto nas obras como na crítica, que é, se vocês querem: o autor deve se apagar ou ser apagado em proveito das formas próprias ao discurso. ...[isso] permite descobrir o jogo da função de autor. 294
  • Sumarização por Curcino na intro de Chartier
    • Estar no que se imaginaria ser a origem do que foi dito ou escrito não faz de um indivíduo um autor. Nem tampouco tudo o que um autor diz ou escreve constitui sua obra. As razões para tanto se relacionam direta ou indiretamente aos diferentes estatutos atribuídos ao que é enunciado, uma vez que o mesmo pode gozar de uma considerável perenidade ao longo da história ou desparecer tão logo sua enunciação se finalize. p. 7
  • Da Wikipedia
    • [In his 1969 essay "What is an Author?", he developed the idea of "author function" to explain the author as a classifying principle within a particular discursive formation. Foucault did not mention Barthes in his essay but its analysis has been seen as a challenge to Barthes's depiction of a historical progression that will liberate the reader from domination by the author.] Repetido por Curcino (p. 8) na intro de Chartier

REFS - Foucault e Darwin
Gillespie 1979 - Charles Darwin and the problem of Creation
Atterton 1994 - Power's blind struggle for existence: Foucault, genealogy and Darwinism
Araújo & Araújo 2014 - Michel Foucault e as condições de possibilidade do evolucionismo de Darwin
Solinas 2018 - Foulcault's Darwinian genealogy
Staats 2018 - Darwin, Spiegelman, and Foucault: The Connection between Science, Memoir, and Critical Theory
Amjad, Asli, Marandi 2018 - An Ontological Study of the Ideas of Charles Darwin and Michel Foucault

Ede 1985 - The concept of authorship [link]
  • Reflexões sobre autoria ao longo da história, sua ascensão recente, sua burguesia, sua ênfase individual, seus reflexos na crítica (Foucault e Barthes) e no ensino. Mas ao final não parece concordar com a morte do autor, embora considere as provocações resultantes úteis para pensar o conceito de autoria.
Chartier 2000 - O que é um autor? [2012 ptbr]
  • Continuação e revisão de Foucault.
  • Duas afirmações fundamentais de Foucault: análise histórico-sociológica do autor e construção da função autor. O foco de Chartier será a função autor
    • considerar o autor como uma função variável e complexa do discurso, e não a partir da evidência imediata de sua existência individual ou social. 27
  • Função autor como critério de classificação, de inclusão ou exclusão de um discurso. Noção de Obra. 29
  • Função autor como princípio de economia frente à proliferação do sentido. "afastamento radical entre o nome do autor e o indvíduo real, entre uma categoria do discurso e o eu subjetivo. Podemos dizer que a 'função autor' não é somente uma função, mas também uma ficção" 29
  • Impossibilidade de escapar do domínio da função autor, uma vez que ela rege o gênero 34
  • Ciência
    • Enquanto permaneceu o regime de anonimato para os textos que chamaríamos de literários, a presença do nome próprio autorizava, certificava como verdadeiros os enunciados científicos. Para Foucault, se houve quiasma, foi porque essa distribuição encontra-se a partir do século XVII ou XVIII, invertida. 39
  • Chartier busca resolver três questões: 1) a dificuldade de diferenciar certamente o discurso científico do literário devido a instabilidade das diferenciações, da inércia linguística; 2) estabelecer uma diferença entre autoridades e autores; 3) a inversão do apagamento da função de autor entre o discurso científico e o literário. 41
  • Cronologia de Foucault
    • a primeira cronologia de Foucault deve ser profundamente revisada. Não é no final do século XVIII, mas no seu início, que emerge o conceito de autor-proprietário e de propriedade literária. Por sua vez, esta emergência não é a expressão possível de um novo direito burguês, mas um engajamento a serviço da perpetuação de um velho sistema de privilégios [devido a perda dos privilégios editoriais em 1709 em Londres e o ganho do direito dos autores de registrar seus próprios livros]. Enfim, essa invenção instaura uma distinção que, em seguida, será fundamental nos debates paralelos, na França e na Alemanha, sobre a propriedade literária, para os qais entrarão na arena Fichte, Herder, Goethe e muitos outros. Distinção entre, de um lado, a obra em sua identidade fundamental, referida à irredutibilidade singular de um ato criador, de uma genialidade sem igual e, de outro, todas as formas particulares que podem ser dadas a esta obra, o que Blackstone chamava de os "meros acidentes" que podem ser os veículos desta obra. Este é o ponto fundamental da própria definição da noção moderna de copyright, que se aplica a uma obra que está presente em todos os lugares, mas que não existe em parte alguma, sendo seus critérios de identificação de ordem puramente estética ou intelectual. Talvez a passagem do right in copies (a copy sendo o manuscrito depositado na stationer's company) ao copyright tenha sido uma maneira, no uso vocabular, de desmaterializar o que é o próprio objeto da propriedade literária. Tem-se, então, uma primeira e fundamental revisão. 45-6
  • Contudo, a propriedade de obras não nasce aí. Apenas se formaliza. 47
  • Chartier também aponta a desmaterialização da obra. "aquele que é proprietário do objeto escrito não é mais o proprietário do texto e que o proprietário do texto é aquele que, eventualmente, se desfez da propriedade do objeto." 50
  • Property e propriety. No XVII andavam separados, mas passam a se juntar no XVIII 51
    • Property: reinvindicação de um possível controle sobrer a difusão de um texto de modo a preservar a reputação, a honra, a intimidade, diríamos a propriedade moral
    • Property: possibilidade de transformar um escrito em m bem negociável.
  • Chartier também questiona a anonimidade científica. Na revolução o nome próprio era importante. Modo de validação aristocrático que vai além da idade média. 52-3 Ainda, antes disso muitos textos circulavam anoniamente, ou seja, Foucault estava redondamente enganado. 62
  • Celebra a questão da censura na função autor.
  • Evolução lexical no medievo: actor > auctor, entre outras. 58 conectada com mudanças no mundo do manuscrito e da impressão.
  • Função autor mais antiga do que acredita Foucault. 61
  • Retoma Mackenzie e a sociologia do texto. 
    • Ele escreveu que novos leitores tornam novos os textos, e que o novo sentido que lhes é dado é devido à sua nova forma. Para terminar, eu o parafrasearei dizendo que, talvez, uma nova forma do livro produz novos autores, ou seja, que a construção do autor é uma função não apenas do discurso, mas também de uma materialidade ... 62
  • "A ordem do discurso é sempre uma ordem da materialidade" 78
Seymour 2017 - An analysis of the death of the author
  • Liberdade do leitor de ler um texto sem se preocupar com o autor. 11 Pós estruturalismo.
  • Picard é outro crítico para além de Burke 25, 50
    • Picard argued in his 1964 New Criticism or New Fraud? (Nouvelle Critique ou Nouvelle Imposture?) that understanding an author’s biography is important to anchor a text in historical data and give it some measure of objectivity. Picard’s scathing criticism is wide ranging .... For Picard, thinkers such as Barthes (whom he mentions explicitly at several points) removed this anchoring, meaning that even the most ridiculous interpretations of a text could be advanced with theoretical credibility 51
  • Desmaterialização do autor e do leitor. O leitor não é autoridade nova. Texto múltiplo. "There is no perfect way to read any given text" 27, 41-2
  • Não decifrar, mas desembaraçar o texto. 27
  • Falácia do intento: a intenção autorial é recuperável e é o significado do texto. 28
  • Negar o controle do significado por qualquer um. 32
  • Escriptor = datilógrafo. "Disembodied hand" 34
Burke 2008 [1989 dr/ 1992 1ed] - The Death and Return of the Author [link 1 dr / link 2]  
(Review by Ellis 1993).
  • Resumo da tese
    • Nenhum lugar em Barthes explica porque se deve entender o autor como algo divino ou transcendental.
    • The placement of the author reflects the experience of these critics in writing their texts. In Barthes, the return of the author is inseparable from his own autobiographical project; with Foucault, it relates to the rejection of the transcendental detachment of the archaeologist in favour of the engaged subjectivity of the genealogist; in Derrida, authorial reinscription coincides with his attempt to move beyond critical reading toward autobiographical literature. With hindsight, it appears that it is the becoming-author of the critic that is actually at issue.
    • A teoria literária não deu conta de absorver o conceito.
Burke 2008
  • Crítica a Barthes, Foucault e Derrida.
  • As críticas de Burke parecem bastante interessantes e bem fundamentadas pela rápida leitura que fiz. O tempo contudo, não permite que eu entre em detalhes nela aqui.
Ellis 1993
  • Burke shows that the 'Author' whose death Barthes declared in his famous essay of 1967 was an Aunt Sally (or its pc equivalent). Once he had cleared the air of this figure made falsely, or at least anachronistically analogous to God in his omnipotence, Barthes was free to give way in a variety of different ways to what proved to be a fascination with the connections between life and work. In elaborations of the old Wildean paradox about life imitating art, one of these ways involved seeing the author as not the origin of his text but created both in and by it. Another honourable victim of Barthes' s seductive charm, Burke recuperates the original essay by seeing it as not really directed against authorship as such but rather an 'instrumentalist conception of language'. He points out that once in S/Z 'Sarrasine' has been transformed into a non-realist text, Barthes has no further reason not to associate Balzac with it since, 'When a text no longer speaks the language of representation, the death of the author becomes gratuito 331






Comentários

  1. Acho que já passou da hora de atualizar o seu perfil, lá você ainda está na graduação...

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